Os servidores estaduais da saúde do Paraná decidiram, no final da tarde desta quarta-feira (26), em continuar com a greve, que já dura nove dias. A decisão saiu após uma reunião com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e da Secretaria da Administração e Previdência (Seap).

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A ideia inicial do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Paraná (SindSaúde), que representa a categoria, era de se reunir com o governador Beto Richa, o que acabou não acontecendo.

Em nota, o SindSaúde alega que o governo não apresentou propostas concretas para dar fim à paralisação e que consideraram que essa era “apenas mais uma promessa do governo, que há três anos discute o assunto com o sindicato sem apresentar algo”.

Foi o terceiro encontro em menos de quinze dias, entre servidores e governo. Ficou definido que na próxima quarta-feira (2) as partes voltarão a se encontrar, com o governo apresentando uma proposta de Quadro Próprio da Saúde.

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Passeata reuniu categorias nesta manhã

Um protesto reuniu duas categorias nesta manhã em Curitiba. Cerca de 600 servidores da rede de saúde estadual do Paraná e técnicos-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) lotados no Hospital de Clínicas (HC) participaram de uma passeata no centro da cidade com destino ao Palácio Iguaçu.

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Ambos os movimentos reivindicam melhores condições de trabalho e ampliação do quadro funcional. Os servidores de saúde tentam ainda pressionar para uma reunião com o governador Beto Richa (PSDB) nesta quarta-feira.

Movimento federal

Em paralelo ao movimento, um grupo de servidores técnico-administrativos das universidades federais do Paraná e do Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, acompanharam o manifesto da manhã desta quarta-feira. Na ação, que integra uma mobilização nacional, os servidores federais protestaram contra a precarização do trabalho e o sucateamento do serviço público no Brasil.

Segundo Marcio Palmares, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest), há uma insatisfação geral contra o que chamam de “contradições de investimentos do governo”.

“Há uma condição ruim de trabalho dos servidores, que é proporcionalmente inversa com o gasto da máquina pública federal na Copa do Mundo, assim como nas suas relações promíscuas com os banqueiros e empresários”, disse o dirigente sindical.

A paralisão deve prejudicar ainda o atendimento no Hospital de Clínicas. Aproximadamente um terço do quadro da instituição é formado por sevidores técnico-administrativos federais.