Servidores do Judiciário pedem votação do reajuste

O presidente do Tribunal de Justiça (TJ), Oto Sponholz, prometeu ontem ao Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus) que vai interceder junto ao presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, para que ele volte a colocar em votação o projeto de lei que autoriza o reajuste salarial da categoria. O projeto já passou pelas comissões da Assembléia e precisaria apenas ser votado em plenário. Os servidores ameaçam entrar em greve.

A negociação entre o sindicato da categoria e o TJ começou em junho. Ficou acordado que seria criado um plano de carreira para os servidores que trabalham em cartórios judiciais e um reajuste médio de 30% para toda a categoria. O último aumento foi em 1995, e os servidores acumulam uma defasagem salarial de 105%.

O projeto já passou em votação pelas comissões na Assembléia. Mas na última quarta-feira, Brandão suspendeu a votação em plenário. Ele quer esperar para apreciar o projeto junto com os que prevêem aumento para funcionários do Tribunal de Contas e da própria Assembléia. “Mas ouvimos dizer que o da Assembléia nem está pronto ainda. Queremos que os prazos acordados durante as negociações sejam cumpridos”, diz Mário Montanha, diretor de comunicação do sindicato.

Ontem eles tiveram uma reunião com o presidente do TJ, que se comprometeu a conversar com Brandão. Em seguida, os servidores fizeram uma assembléia e decidiram esperar até o dia 23 por uma resposta mais conclusiva. Se não houver avanços, prometem entrar em greve. Em todo o Estado trabalham 4.500 servidores.

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