A greve dos servidores da Funpar (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Paraná), lotados no Hospital de Clínicas, em Curitiba, pode terminar hoje. Às 10h, servidores participam de assembléia onde definirão se aceitam, ou não, a contraproposta apresentada ontem pela direção da Funpar e do HC.
Pela contraproposta, servidores que ganham até R$ 650,00 teriam 9,55% de reajuste salarial. Na faixa de R$ 650,01 a R$ 850,00, o reajuste seria de 7%. De R$ 850,01 a R$ 1 mil, índice de R$ 6%. De R$ 1.000,01 a R$ 2 mil, reajuste de 3%, e já os que ganham acima de R$ 2 mil, índice de 2%.
“A proposta melhorou muito, em relação à anterior”, comentou o presidente do Sinditest – entidade que representa a categoria – Antonio Neris. Pela última proposta, apresentada na sexta-feira, o reajuste variava entre 3% e 7% – índices que não se estendiam ao Vale-Alimentação nem ao Auxílio-Creche. Além dos novos índices, a direção da Funpar e HC se comprometeu a conceder R$ 5 mil ao Vale-Alimentação, que serão rateados entre todos os funcionários da Funpar. A princípio, a categoria reivindicava 10% de reajuste – por conta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) -, 4,84% das perdas salariais e 3% referentes à produtividade. No HC, trabalham cerca de 1,4 mil servidores da Funpar e 850 concursados.
Atendimento
A greve que iniciou ontem pela manhã no HC não chegou a afetar o atendimento ao usuário, garantiu a assessoria de imprensa do hospital. O Sinditest, no entanto, contesta a informação. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, o número de exames de raio-x e tomografia diminuiu em 50%. Também o internamento de pacientes de outras cidades estaria interrompido, segundo o Sinditest. No Pronto-Socorro, o atendimento ontem foi normal, segundo um funcionário que preferiu não se identificar.