O Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR) encaminhou à Delegacia Regional de Trabalho, ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público Estadual uma denúncia contra a GVT (Global Village Telecom), alegando que funcionários e candidatos às vagas de emprego sofrem discriminação por terem pesquisadas informações sobre ações trabalhistas, antecedentes criminais e problemas bancários.
Segundo o sindicato, os dados estão sendo determinantes para a contratação ou demissão de funcionários. A assessoria de imprensa da GVT afirmou que dentro da empresa não ocorre prática discriminatória e que essas informações fazem parte da seleção dos candidatos.
O diretor-presidente do Senge, Rasca Rodrigues, conta que a equipe de recursos humanos da GVT contratou a empresa Innvestig para obter informações sobre processos trabalhistas, cheques sem fundo, cadastro no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), Serasa e antecedentes criminais. Segundo ele, esses dados servem como critério para determinar demissões e contratações, inclusive se a experiência profissional for adequada. “É uma violência contra a liberdade individual”, diz Rodrigues.
O engenheiro explica que o Senge possui documentos assinados pelo vice-presidente e pela gerente de Recursos Humanos da GVT, conseguidos “informalmente”, que mostram como é realizado o processo de troca de informações e como a empresa procede após obtidos os dados dos funcionários. “Dentro da empresa a indignação é muito grande por parte dos funcionários”, relata.
Nota da GVT diz que os dados levantados são confidenciais e o procedimento é legal e corriqueiro na maioria das empresas.