Semana do Peixe incentiva o consumo

A qualidade do pescado paranaense criado em cativeiro foi destacada ontem, durante o lançamento da Semana do Peixe em Curitiba, realizada pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap).

A iniciativa da Seap foi adotada em todo o País desde a semana passada, para estimular o hábito alimentar dos brasileiros e desenvolver a produção do pescado, inclusive para ampliar a exportação.

A produção de pescado em cativeiro, principalmente a tilápia, é realizada em três regiões do Estado: no Norte Pioneiro, Centro e Oeste.

“O cultivo do pescado nesses locais é bem avançado, mas ainda falta um estímulo para que as pessoas consumam o produto. A iniciativa é fundamental”, afirma Sidney Antônio Liberati, gerente regional Sul da Seap.

O chefe da Inspeção Federal, Ronaldo Carvalho Santos, visitou alguns supermercados de Curitiba durante o lançamento da campanha e elogiou os produtos no Paraná. “A qualidade apresentada no Estado é muito alta. Eles conseguem compradores estrangeiros para o produto. Os EUA sempre fazem negócio com os produtores”, diz.

Consumo

Mas, apesar da evolução na técnica de produção do pescado, o número de consumidores no Paraná ainda é pequeno. Dados da Seap/regional Sul, mostram que a média de consumo dos paranaenses está em torno de 4,5 kg por ano, bem abaixo da média nacional, que é de 7 quilos por ano, e muito abaixo da média mundial, de 20 kg/ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo anual de 12kg por pessoa.

Outro ponto destacado por Sidney é a estruturação de campanhas para serem realizadas nas escolas, ressaltando a qualidade do peixe. “Quando se começa o estímulo cedo, com os mais jovens, fica mais fácil aumentar o número de futuros consumidores”, completa.

Dados da Seap mostram que o Brasil possui somente 1% do mercado mundial, mesmo tendo o maior potencial aqüícola do mundo. Sendo que o setor de pescado movimenta cerca de US$ 55 bilhões no mercado mundial, representando 11% do agronegócio mundial.

“Se em cada estado, o consumo crescer um pouco, o resultado já vai ser ótimo. O negócio é estimular toda a população, pois todo mundo sai ganhando: ganha o consumidor, que vai ter um produto de alta qualidade e que faz bem à saúde, ganham os produtores, que terão crescimento no trabalho, e ganha o País, que aumenta a participação dentro do mercado mundial”, completa Ronaldo.

Com o desenvolvimento do setor e a continuada realização de outras iniciativas, a idéia da Seap é dar um salto na produção de pescado de 985 mil para 1,4 milhão de toneladas por ano, e criar mais de 150 mil empregos diretos e 400 mil indiretos.

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