Terminou na tarde de ontem a manifestação de aproximadamente três mil crianças do Movimento Sem Terrinhas. Acompanhadas de adultos membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o grupo ocupou a sede da Secretaria da Educação e 16 Núcleos Regionais, das 10h às 15h, para reivindicar melhorias no atendimento às demandas da educação no campo.
Na pauta estavam a construção, reforma e ampliação de colégios estaduais em assentamentos que ofereçam cursos profissionalizantes e técnicos, atendimento apropriado para crianças com necessidades especiais, garantia de transporte escolar seguro e suficiente para estudantes e melhoria nas condições de trabalho dos professores e da merenda escolar. Os sem terrinhas também protestaram contra o número elevado de escolas fechadas na zona rural. Segundo o MST, na década de 2000, 44% das escolas nesses locais tiveram as atividades encerradas.
Contratos
Em carta aberta, a Seed informou aos manifestantes que os contratos de professores que passaram no Processo Seletivo Simplificado (PSS) serão prorrogados para o ano que vem e o edital para contratação de novos professores será aberto. Segundo a Seed, os materiais para adequação física de todas as escolas itinerantes já foram licitados e as unidades que aguardavam há mais de quatro anos serão atendidas. Segundo o MST, algumas metas foram atingidas, mas o acordo não contemplou todos os pedidos.