Seed exonera professores e APP aponta sobrecarga

Professores celetistas e contratados pelo Processo de Simplificação de Seleção (PSS) estão sendo exonerados. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) começou a enxugar o quadro de docentes. Aqueles que não puderem fechar contrato de 40 aulas vão ser demitidos. O presidente da APP-Sindicato, José Lemos, é contra a medida. Segundo ele, alguns professores vão ficar sobrecarregados porque já têm outros compromissos e ainda vai haver desemprego.

O problema começou em janeiro quando o Estado ameaçou demitir os professores celetistas e do PSS que não tinham passado no concurso feito no ano passado. O sindicato pediu que eles não fossem mandados embora, mas ficassem com as aulas que não fossem preenchidas pelos estatutários. Segundo a assessoria de imprensa da Seed, para que isso fosse possível, a secretaria determinou que só assumisse aulas quem pudesse se dedicar por 40 horas. No entanto, alguns núcleos de educação não seguiram a determinação e professores ficaram com um número inferior ao estipulado. Agora a Secretaria quer que a ordem seja cumprida.

Segundo Lemos, a medida é prejudicial para os educadores e também para os alunos. Alguns professores têm vínculo com prefeituras e escolas particulares. Para não perder o trabalho no Estado estão trabalhando 60 horas semanais. “Onde fica a qualidade do ensino e a saúde? Enquanto alguns ficam sobrecarregados, outros ficam sem emprego?”, questiona Lemos. Ele não sabe ao certo quantos professores estão nessa situação, mas afirma que o problema está ocorrendo em todo o Estado. Além disso, professoras grávidas não poderiam assumir aulas.

Segundo o sindicalista, a Seed teria afirmado que a obrigatoriedade das 40 horas semanais foi instituída para enxugar a folha de pagamento, trazendo uma redução nas despesas. No entanto, ele diz que os salários são pagos conforme as horas trabalhadas e não haveria qualquer tipo de economia.

Até o fechamento dessa edição, a reportagem de O Estado não conseguiu resposta da Secretaria de Estado da Educação sobre as declarações da APP-Sindicato.

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