SC atenderá vítimas de afogamentos no PR

As vítimas de trauma ou afogamento resgatadas no litoral pelo helicóptero do Centro de Operações Aéreas, da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, poderão ser atendidas pelo Hospital São José, de Joinville. Com o acordo, o pronto-atendimento de emergência fica mais rápido. O hospital catarinense dispõe de melhor infra-estrutura que a oferecida por unidades hospitalares de cidades do litoral paranaense e é mais próximo que Curitiba.

Até agora, as vítimas graves socorridas pelo helicóptero no litoral ou no trajeto para as praias eram encaminhadas para hospitais da capital paranaense. O helicóptero levava 25 minutos para sair da base de Guaratuba e chegar até Curitiba. O principal empecilho eram as condições climáticas. “Existe uma parte da Serra do Mar que está sempre coberta por neblina, mesmo com o tempo bom”, afirma o capitão Orlando Artur da Costa. “Com a opção de Joinville, levamos em média 17 minutos da base de Guaratuba até o hospital.”

Em casos graves, com risco de morte, é essencial que a vítima chegue a uma unidade dotada de todo aparato cirúrgico dentro da primeira hora após o acidente. “O atendimento nesse período assegura 90% de chances de salvação”, diz o capitão Artur.

De acordo com o médico Edson Vale Teixeira Júnior, representante do Siate, o Hospital São José foi escolhido por ser referência regional no socorro de vítimas de trauma. “O hospital possui especialistas nessa área e também pode oferecer exames complementares”, explica. O hospital possui 300 leitos e Unidade de Tratamento Intensivo com 20 leitos, entre a unidade geral e a UTI cardíaca.

Convênio

Juntamente com os treinamentos realizados na semana passada, cujo objetivo era melhorar a ação em conjunto com concessionárias de rodovias e polícias rodoviárias, começou a ser estudada nova estratégia para transpor a Serra do Mar. Após avaliação técnica do melhor hospital com condições para intervenção cirúrgica, restava a necessidade de heliporto, que foi suprida com o auxílio da Polícia Militar de Santa Catarina, que cederá espaço para pouso no quartel de Joinville. “Foi a melhor opção, já que o quartel fica a menos de mil metros do hospital”, afirma o capitão.

Da base de Guaratuba, o socorro aéreo pode chegar ao ponto mais extremo do litoral paranaense em 18 minutos. “Se já estivermos no ar, em patrulhamento, como é mais comum, o tempo pode cair pela metade, dependendo do destino”, explica o capitão. Durante a Operação Verão, a base de Guaratuba terá disponível todo tempo dois pilotos, um tripulante e um mecânico, além do efetivo que pode ser deslocado da base de Curitiba.

Voltar ao topo