A Vigilância Sanitária de Apucarana confirmou ontem a existência de dois casos de leishmaniose no Núcleo Habitacional Dom Romeu Alberti, zona norte de Apucarana. Dois meninos, de 13 e 15 anos, contraíram a doença, que é transmitida pelo mosquito flebotomíneo, também conhecido como mosquito palha, birigüi e cangalhinha. Outro caso suspeito foi descartado.

Segundo Jonas Batista de Campos, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Vigilância Sanitária, o órgão iniciou nesta semana um trabalho de conscientização no núcleo. ?Agentes de saúde estão percorrendo todo o bairro, orientando os moradores?, explica.

Ele afirma que os casos de leishmaniose foram isolados e que não há risco de epidemia. Segundo Campos, os dois garotos teriam sido picados enquanto brincavam na região do Clube de Campo Água Azul, fora da área urbana. ?O mosquito transmissor vive em matas fechadas, o que torna difícil o combate?, explica.

Por isso, segundo o chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, a principal medida de controle é a orientação da população local. Ele cita como exemplos de prevenção o uso de roupas com mangas longas em locais próximos a matas, manutenção da casa limpa e ventilada e instalação de telas de proteção. ?Quando forem detectadas feridas suspeitas, deve-se procurar imediatamente atendimento médico?, observa.

TRATAMENTO

Campos comenta que os dois garotos estão sendo assistidos pelo Município. ?O tratamento da doença é longo e feito à base de injeções?, diz. Ele lembra que os casos foram comprovados após exames feitos em Maringá, na Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Esta é a terceira ocorrência de leishmaniose em Apucarana neste ano. A doença tem como primeiro sintoma o surgimento de feridas indolores, que provocam coceira, seguida de febres, vômitos e dores pelo corpo.

Números

Ano    Casos

1999       03

2000       03

2001       02

2002       03

Fonte: Tribuna do Norte

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