Saúde alerta viajantes para a febre amarela

Com a chegada das férias de verão, a Secretaria da Saúde do Paraná alerta as pessoas que vão viajar para as regiões Norte e Centro-Oeste do País, Oeste do Maranhão e Oeste da Bahia, para que tomem vacina contra febre amarela. Nessas regiões, a doença na forma silvestre é endêmica, ou seja, os casos são registrados o ano todo.

“As chuvas de verão facilitam a proliferação do mosquito transmissor e a maior movimentação de pessoas neste período também contribui para o aumento de casos”, afirma Mirian Marques Woiski, chefe do departamento de doenças imunopreviníveis.

A vacina, que deve ser tomada no mínimo dez dias antes do embarque, é gratuita e está disponível nas unidades de saúde. Nas regiões de risco, a população acima de um ano deve ser vacinada. Nas demais, a vacina deve ser tomada por adultos e crianças com mais de seis meses que forem viajar para os locais citados.

A vacina é a principal medida de controle da doença e confere proteção próxima a 100%. É administrada em dose única, com reforço a cada dez anos.

No Paraná não existem casos da doença silvestre e a forma urbana não é registrada no Estado há 36 anos. Ainda assim, há vigilância constante. Em dois anos de vacinação, a Secretaria imunizou cerca de 5 milhões de pessoas no Paraná.

A recomendação da vacina, segundo Mírian Woiski, vale também para as pessoas que vão se deslocar para as áreas de matas ou cachoeiras, para os praticantes de esportes radicais ou esportes da natureza e para quem vai fazer turismo rural.

Transmissão

A febre amarela é uma doença febril aguda, causada por um vírus que compromete vários órgãos, sendo o fígado e os rins os mais atingidos. Nos casos mais graves pode levar à morte. O vírus é transmitido através da picada de mosquitos silvestres, Haemagogus sp., Sabethes sp. e outros. A febre amarela silvestre ocorre nas florestas, matas e áreas rurais de regiões endêmicas. O mosquito pica o macaco doente e transmite a doença ao picar o homem. Já no caso da febre amarela urbana, a transmissão se dá quando o mosquito Aedes aegypti pica um homem infectado e logo após outro homem sadio. Os principais sintomas são dor de cabeça, seguida por febre alta, calafrios, olhos congestionados, vômitos e icterícia. Nos casos mais graves ocorrem hemorragias, delírios e convulsões. O tempo de incubação varia de três a seis dias após a picada do mosquito.

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