Moradores dos bairros Jardim Independência e Guatupê, em São José dos Pinhais, reclamam da falta de conservação das ruas. Além de encarar diariamente os inúmeros buracos, eles estão indignados com a cobrança da taxa de conservação das vias, cobrada no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), valor que, segundo eles, não estaria sendo revertido em benfeitorias.

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Uma das ruas é Professora Marieta de Souza e Silva, do Jardim Independência, cujos problemas já haviam sido mostrados em agosto do ano passado. Na época, a prefeitura informou que o processo de licitação para a execução das obras de pavimentação estava em fase de finalização. No entanto, de lá para cá, pouca coisa mudou.

De acordo com o morador Anderson Luiz de Andrade, todas as ruas da região estão deterioradas porque não há manutenção dos antipós. Para ele, apenas cobertura de asfalto poderia solucionar o problema.

“A prefeitura, de vez em quando, tapa os buracos com saibro e, na primeira chuva os buracos se abrem novamente”, afirma. Andrade relata que a Rua Aníbal Silva, paralela à Professora Marieta Silva, está intrafegável. “Só caminhão consegue passar por lá.”

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Outro problema, segundo Andrade, são os terrenos baldios que são usados como depósitos de entulhos. “Além de ajudar a esburacar a rua, os caminhões jogam uma sujeira que é perigoso principalmente para as crianças.” O morador afirma que os vizinhos já notificaram a prefeitura do problema, mas a situação ainda persiste.

Barreira

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O comerciante Paulo Ferreira Leão, que reside há 22 anos na Vila Santa Fé, no Guatupê, improvisou uma barreira de pedras em frente a sua lanchonete, na Avenida João Fraga Neto, para evitar que os motoristas desviem dos buracos pela área de pedestres.

Indignado com a falta de conservação da rua, ele revela que, dos R$ 211,05 que ele pagou de IPTU, R$ 63,36 se referem à taxa de conservação de rua. “Isso é uma vergonha e uma falta de respeito muito grande com a população”, desabafa.

Outra moradora insatisfeita com o pagamento da taxa de conservação de ruas é a dona de casa Rosane Freitas, que reside na Avenida Guatupê, um das mais importantes do bairro. Rosane conta que é difícil conviver diariamente com o pó. “As crianças e, principalmente os idosos, vivem com problemas de saúde por causa da poeira”, diz.