As santas casas e hospitais filantrópicos de todo o país realizam nesta quinta-feira (25) uma paralisação nacional em protesto pela crise financeira que passam as instituições. A mobilização foi aprovada pelos participantes do 24º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos realizado em Brasília, no Distrito Federal, em agosto.

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No Paraná, os hospitais filantrópicos são responsáveis por mais de 50% dos atendimentos ao SUS e mais de 70% dos procedimentos de alta complexidade. São mais de 7 mil leitos ativos disponíveis ao usuário e cerca de 40 mil profissionais empregados diretamente.

De acordo com o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), Luiz Soares Koury, os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, primordial para que a população não sofra desassistência generalizada. “Não estamos brigando apenas por nós, mas pela saúde de todos os brasileiros, principalmente aqueles que dependem do SUS”, afirma.

Segundo a Femipa, a crise pela qual passam as instituições é fruto do subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O valor da dívida é praticamente igual ao que o governo federal destinou para a saúde básica no país neste ano: 18,1 bilhões.

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Pauta

Entre as reivindicações, o setor propõe ao Ministério da Saúde a implementação de medidas para ampliação do custeio da média complexidade, estabelecendo novo Incentivo à Contratualização (IAC) correspondente a 100% do valor contratado com o SUS, para todos os hospitais do segmento; a destinação de recursos para pagamento da integralidade de bolsas de residências médicas, hoje sob responsabilidade destas instituições e a ampliação do Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos (PROSUS) para soluções de dívidas com o sistema financeiro, alcançando juros máximos de 2% ao ano e prazos mínimos de 180 meses, com carência de três anos.

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