Até a manhã desta segunda-feira (14), a Sanepar já havia lacrado 22 saídas de esgoto irregulares em Matinhos e Guaratuba com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Força Verde e Ministério Público do Paraná. O trabalho vai se intensificar nessa semana, quando também serão realizadas audiências públicas nos fóruns dos dois municípios, a primeira nesta terça-feira (15), às 9 horas, em Matinhos e a segunda quarta-feira (16), no mesmo horário, no fórum de Guaratuba.

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Segundo a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa, a fase de orientação aos proprietários de imóveis em condições irregulares já foi superada e agora, com apoio judicial e policial, o lacre das saídas passa a ser prática corriqueira. ?A ação vai continuar durante todo o ano e a meta é eliminar completamente dos lançamentos irregulares?, acrescentou.

Nas audiências públicas, os juízes irão ouvir 236 proprietários de imóveis que ainda não realizaram corretamente as ligações de esgoto. Eles serão obrigados a apresentar aos promotores as razões pelas quais ainda não atenderam as notificações e terão a oportunidade para regularizar a situação.

Antes, haverá uma apresentação por parte da diretoria da Sanepar sobre o conjunto de ações e obras que foram realizadas no litoral para garantir a balneabilidade das praias.

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Por outro lado, na semana passada, foi divulgado um estudo feito em conjunto pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Sanepar que mostra que a expansão da rede de esgoto no litoral provocou a redução do volume de contaminação em 64% dos pontos monitorados nas praias de Matinhos,

O levantamento aconteceu entre os dias 17 de dezembro de 2007 e 2 de janeiro deste ano, período em que a produção de água tratada pela Sanepar registrou acréscimo de 8,1%, em decorrência do aumento do número de veranistas no litoral. Os dados são em comparação ao mesmo período do ano.

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Foram conferidos os índices de contaminação do mar em 28 pontos monitorados pelo IAP. Em 16 deles houve expressiva redução da carga poluidora. Nesta temporada, o Instituto monitora 43 pontos, incluindo áreas onde o saneamento não é de responsabilidade do governo estadual, como na Ilha do Mel. A pesquisa teve por base os procedimentos previstos na resolução 274/2000 do Conama ? Conselho Nacional do Meio Ambiente.