Sanepar: greve dos engenheiros durou poucas horas

Durou poucas horas a greve dos engenheiros da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), iniciada na manhã desta terça-feira (8), em protesto contra o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) apresentado no dia 20 de abril. “Para 65% dos engenheiros, o plano ficou aquém da expectativa porque não corrige as distorções salariais”, diz o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Ulisses Kaniak.

Segundo ele, como as tabelas salariais estão muito defasadas, mesmo com promoções e avanços na carreira, profissionais que trabalham há 12 anos na empresa recebem o mesmo que um iniciante. “Como o valor é muito abaixo do piso da categoria, pagam um complemento para chegar ao previsto em lei. Só que quando aumentam o salário base, diminuem o complemento”, cita.

Só em Curitiba, cem profissionais cruzaram os braços em frente à empresa. Também houve manifestações em Maringá, Cascavel e Londrina. No meio da manhã, Kaniak foi chamado pela diretoria da Sanepar, que se comprometeu a negociar uma reavaliação do PCCR e implantar correções na carreira dos engenheiros em até um ano. Após a reunião, em assembleia, a categoria decidiu suspender por uma semana a paralisação.

À tarde, o Senge-PR formalizou no Ministério Público do Trabalho uma contraproposta à Sanepar, pedindo a imediata readequação do PCCR. No dia 15 de maio, uma nova assembleia vai avaliar uma eventual evolução na negociação sobre o PCCR, além da proposta de reajuste salarial de 7,5%. Caso não avancem as negociações, não está descartada a retomada da paralisação a partir do dia 16.

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