A Vigilância Sanitária apreendeu 10 marcas de produtos de alisamento capilar nos salões de beleza na semana passada, quando iniciou a fiscalização das 11 marcas reprovadas para uso pela Secretaria Municipal de Saúde. No dia 24, os cabeleireiros foram orientados a não usar estes materiais, porém, a recomendação não foi seguida por alguns profissionais e estabelecimentos. “Os salões que continuam usando esses produtos estão sendo autuados e, em casos de reincidência, podem ser multados e até interditados”, avisou o diretor do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria, Luiz Armando Erthal.
Entre os produtos reprovados pela Vigilância, oito apresentaram índices de formaldeído (formol) acima do permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os outros três estavam com a rotulagem em desconformidade com as normas estabelecidas. Produtos para cabelo podem conter no máximo de 0,2% de formol, quantidade insuficiente para fazer o alisamento, destinada apenas à conservação do material. Desde ontem, as inspeções nos salões de beleza entraram na rotina da Vigilância Sanitária Municipal.
Efeitos colaterais
Entre os principais malefícios causados pela utilização inadequada do formol estão: irritação, coceira, queimadura, inchaço, descamação e vermelhidão do couro cabeludo, queda de cabelo, ardência e lacrimejamento dos olhos, falta de ar, tosse, dor de cabeça, ardência e coceira no nariz, devido ao contato direto com a pele ou com o vapor. Já o uso contínuo dos produtos pode causar também boca amarga, dores de barriga, enjoo, vômitos, desmaios, feridas na boca, narina e olhos, e câncer nas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios), podendo levar à morte.