Sai equiparação salarial para escolas especiais

Depois de 40 anos, os professores que atendem as escolas especiais conveniadas à rede estadual de educação terão seus salários equiparados aos demais docentes. Mais de seis mil professores serão beneficiados. A equiparação salarial foi anunciada ontem pelo governador Roberto Requião, durante a assinatura da resolução 2691/2003, que renovou o acordo entre a Secretaria da Educação e as instituições mantenedoras das escolas especiais para disponibilização de recursos humanos e financeiros. Entre as principais mudanças presentes na nova resolução está o valor a ser investido nesta etapa do acordo. Em 2003, o governo investiu cerca de 52 milhões em educação especial.

Além do reajuste salarial, outra importante mudança é a extensão do convênio a mais onze municípios que antes não prestavam atendimento aos alunos com necessidades pedagógicas especiais. Atualmente, há 360 escolas, em 290 municípios do Estado. No início do governo Requião, 45 cidades não possuíam atendimento a estes alunos. Com a renovação do convênio, restarão apenas 32 municípios. “Até o fim do ano que vem teremos levado a educação especial a todos os municípios paranaenses, transformando o Paraná no primeiro Estado do Brasil a universalizar o atendimento especializado”, afirmou Angelina Matiskei, chefe do departamento de Educação Especial da Secretaria.

Diferenças

O secretário da Educação, Maurício Requião, defendeu o ensino diferenciado para crianças e jovens especiais. “No Paraná, trabalhamos pela inclusão. Dos 58 mil alunos especiais, 19 mil estão em escolas regulares, mas não podemos abrir mão da parceria com as Apaes e entidades mantenedoras porque elas oferecem um tratamento de primeira qualidade que o Estado ainda não pode propiciar”, disse o secretário. “A inclusão forçada de todas as crianças no ensino regular é uma tolice, além de falta de amor, falta de informação e falta de solidariedade, que não pode presidir a condução e a orientação de uma Secretaria de Educação”, acrescentou o governador.

Qualidade

De acordo com Angelina, o principal objetivo do novo acordo é a melhoria na qualidade da educação oferecida pelo Estado. “Serão oferecidos mais cursos de formação continuada aos profissionais de educação especial e nosso objetivo, a longo prazo, é preparar os educadores do ensino regular para que possam dar uma resposta pedagógica adequada aos alunos especiais”, explicou.

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