Sacoleiros dão trégua e desbloqueiam BR-277

Depois de ficar bloqueado por quase todo o dia, devido a um protesto de sacoleiros, o trecho da BR-277 no Oeste do Estado, entre os municípios de São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha do Itaipu, foi liberado ontem, no início da noite. Desde as primeiras horas da manhã de ontem, a praça de pedágio na cidade de São Miguel do Iguaçu, no quilômetro 703 da BR-277, ficou bloqueada por cerca de 5 mil sacoleiros, que protestam contra a atuação da Receita Federal na fiscalização da entrada de mercadorias vindas do Paraguai. O protesto começou com o fechamento parcial da praça ainda na noite de terça-feira, mas se intensificou ontem pela manhã.

Segundo o delegado substituto da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Gilberto Tragancin, os sacoleiros se comprometeram a sair do local após uma reunião com a Receita e o Ministério Público, que se estendeu por quase toda a tarde. “Eles estabeleceram como condição para sair que eu recebesse um manifesto. Vou receber, mas apenas para tomar ciência, já que os pedidos são absurdos”, disse Tragancin.

Os sacoleiros exigem que a Receita deixe de fazer a fiscalização nos ônibus vindos do Paraguai por 120 dias, além da liberação de cerca de 120 ônibus que foram apreendidos este ano. “Nós estamos apenas cumprindo a lei. Não estamos cometendo qualquer arbitrariedade”, salientou. Tragancin destacou que o tumulto foi grande durante o dia, prejudicando muitas pessoas que nada tinham a ver com o problema.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a liberação da rodovia aconteceu por volta de 18h, logo após o término da reunião. Durante o dia, muitos carros que seguiam pela BR-277 utilizaram um desvio no quilômetro 700, maneira improvisada que a PRF encontrou para diminuir o problema. A concessionária Rodovia das Cataratas, responsável pela praça, ainda não havia calculado o prejuízo com fechamento da pista.

Mototaxistas

A Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, também foi alvo de protestos contra Receita Federal ontem. Entre 8h e 10h15, mototaxistas fecharam a ponte, também reclamando da fiscalização feita pela Receita.

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