Rodovias federais no Paraná registram mais acidentes

As viagens de fim de ano foram marcadas pelo aumento do número de acidentes nas estradas do Paraná fiscalizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram 419 acidentes, 259 feridos e 13 mortos entre 21 de dezembro de 2002 a 5 de janeiro de 2003. No mesmo período da temporada passada, foram verificados 381 acidentes, 209 feridos e 12 óbitos.

Nas estradas estaduais, os índices praticamente permaneceram os mesmos em relação ao final de 2001 e início de 2002. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) registrou, entre 27 de dezembro e 1.º de janeiro deste ano, 187 acidentes, 181 feridos e dez mortes. Anteriormente, foram 190 acidentes, 180 feridos e doze mortes. O maior movimento, registrado pelas duas entidades, aconteceu no sábado, dia 4. Segundo a PRF, muitos motoristas preferiram voltar mais cedo por causa das chuvas que castigaram o litoral.

A PRF realiza desde 15 de dezembro até meados de março a Operação Férias. Dentro dela, aconteceram as operações Natal e Ano-Novo. Na primeira, ocorreram 94 acidentes com 49 feridos e uma morte. O número de acidentes cresceu 16% em relação à 2001 neste mesmo período. Na movimentação de réveillon, foram registrados 93 acidentes, 72 feridos e cinco mortes.

Uma das explicações para o aumento do número de batidas é dado pela chefe substituta do Núcleo de Comunicação Social da PRF, Dilcléia Tartaia. “O fluxo de carros que desceu para o litoral, comum nesta época, também aumentou. Foram mais de 112 mil veículos, um número considerável”, afirma. “Mas é importante ressaltar que a maioria dos acidentes foram de pequenas proporções”, completa.

Mesmo com o aumento, ela avalia que o balanço das operações é positivo. “Não se pode dizer que foi um sucesso havendo uma morte. Mas avaliando o esforço e o número de veículos, o resultado é muito bom”, relata Dilcléia.

Para ela, o grande problema continua sendo o motorista irresponsável. “O nível das estradas e dos veículos melhorou, mas o do motorista continua o mesmo”, avalia. Ela conta que há fatores como cansaço e stress, mas os condutores sempre recebem orientações para que a viagem acabe bem. Mas muitos encaram as medidas como chatas. “A gente alerta a comunidade, embora as recomendações sejam repetidas. Mas os erros dos motoristas também são repetidos”, explica. “Nós nos esforçamos, mas cabe a responsabilidade também aos motoristas e aos pedestres”, afirma Dilcléia.

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