Enquanto a duplicação e algumas obras de melhorias não chegam ao trecho da BR-116 entre a Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa) e o município de Mandirituba, os usuários é que continuam correndo riscos.

continua após a publicidade

Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), somente neste trecho foram registrados 167 acidentes de janeiro a agosto deste ano, mais que o dobro do que ocorreu no mesmo período de 2007, quando aconteceram 77 acidentes.

O gerente da Eletrosul, Edmur Pádua, que utiliza a estrada todos os dias há pelo menos 30 anos, reclama que a pista simples é o pior problema na região. Outro problema, na opinião de Pádua, é o semáforo localizado logo após a Vila Pompéia, depois da Ceasa.

“Neste local seria melhor construir um viaduto”, comenta. Para o servidor público federal José Mauro Silveira, que trafega pela BR-116 pelo menos uma vez por semana, a rodovia é muito perigosa. “Principalmente este trecho, que em algumas horas chega a ficar intransitável”, afirmou.

continua após a publicidade

Na opinião de Silveira, só a duplicação poderia amenizar a grande quantidade de acidentes que ocorrem por lá. “Além do movimento, ainda há os motoristas imprudentes que querem ultrapassar em um local de faixa contínua”, reclamou.

Apesar de o número de acidentes ter mais que dobrado de um ano a outro no trecho, a quantidade de feridos e óbitos vem diminuindo, o que evidencia que as ocorrências têm sido menos graves.

continua após a publicidade

De janeiro a agosto de 2007, 109 pessoas ficaram feridas nos acidentes no trecho, enquanto no mesmo período de 2008, foram 130. De um ano a outro o número de mortes diminuiu de 17 para oito.

Na opinião do inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hugolino Trevisan, a nova legislação que pune motoristas que consumiram bebidas alcoólicas e ainda a outra norma que proibiu a venda de bebidas na área rural de rodovias são fatores que têm contribuído com a redução da gravidade dos acidentes.

“Também temos o aumento da frota, que é universal. A população da região aumentou e a construção civil está aquecida, sendo que grande parte da mão-de-obra deste setor vem da região metropolitana”, explicou.

O trecho entre Curitiba e Fazenda Rio Grande será pedagiado até o final do ano – as praças já estão sendo construídas. A concessionária OHL Brasil, que vai administrar não só este trecho, mas também até a divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, informou que várias obras estão previstas no local, inclusive a duplicação.

O problema é que a pista dupla só deve ficar pronta até o final do quarto ano de concessão. A OHL prevê ainda a execução de ruas laterais; 32 acessos vão passar por melhorias de pavimento; cinco trevos em desnível, com alças, nas regiões de Curitiba e Fazenda; galerias em Fazenda; cinco passarelas entre o Pinheirinho e Fazenda até 2010; entre outras benfeitorias.