Há quase dez anos, um grupo de moradores do Conjunto Solar, no Bacacheri, resolveu colocar a mão na massa para salvar o rio que corta e dá nome a um dos bairros mais antigos e tradicionais de Curitiba. O Rio Bacacheri, que nasce no Cachoeira e tem sua foz localizada no Cajuru, já no Rio Atuba, sofreu ao longo dos anos com o despejo desenfreado de esgoto irregular ao longo do seu curso.

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Diante dessa situação, os moradores do bairro, juntamente com entidades sociais, como Rotary Club, escolas e grupos de escoteiros, resolveram acionar o Ministério Público para denunciar o que estava acontecendo com o rio. “Tudo começou em 1998, quando começamos a nos mexer para fazer alguma coisa em relação ao que estava acontecendo com o Rio Bacacheri, que nessa altura estava completamente poluído”, afirma o psicólogo Luiz Tadeu Seidel Bernardina, que é presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bacacheri (Assolar).

De acordo com ele, após muita pressão sobre a Sanepar foi constatado que diversos tubos coletores de esgoto, que eram antigos e ainda fabricados de barro, tinha estourado devido à ação das raízes das árvores da região. “Depois que diagnosticamos o que estava errado, foi feito toda a troca e manutenção da tubulação da região. Conseguimos colocar mais de 30 mil metros lineares de novos tubos coletores”, conta.

Segundo o morador, com a nova tubulação o rio ficou praticamente despoluído, mas a alegria da vizinhança durou até o fim do ano passado. “Estava tudo limpo. Tinha até gente pescando novamente no rio. Mas de 2011 pra cá, estamos voltando à estaca zero. Novos tubos coletores voltaram a ceder e o rio está sujo novamente”, lamenta Luiz Tadeu. “Já estamos em cima da Sanepar novamente para resolver essa situação. Eles nos prometeram para o ano que vem e agora é aguardar. Mas perdemos um ano. O Rio Bacacheri perdeu um ano com essa nova poluição”, afirma.

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