Rio Limpo envolve mais de 2 milhões de alunos

Dois milhões e duzentos mil alunos de escolas estaduais e municipais dos ensinos fundamental, médio e educação para jovens e adultos do Paraná participaram este ano do Programa Rio Limpo, desenvolvido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná em parceria com o governo do Estado. Amanhã, os alunos e professores que mais se destacaram serão premiados em Curitiba. Eles vão receber desde máquinas fotográficas até carros. Vão ser premiados 96 alunos e 192 professores.

A coordenadora pedagógica do programa, Patrícia Lúpion Torres, explica que o objetivo do trabalho foi alcançado. Além de motivar o desenvolvimento de pesquisas, os alunos perceberam que eles têm um papel importante na preservação dos rios. Juntos, eles produziram 7.650 trabalhos. Segundo Patrícia, o que mais chamou atenção não foi o volume de projetos e sim o empenho e alto nível de todos eles. “Os alunos mostraram que não tem uma visão romântica do assunto. Entenderam que cada um pode fazer alguma coisa para ajudar”, pondera.

Evolução

O Rio Limpo começou a ser desenvolvido este ano. Os professores e os alunos receberam material didático sobre o assunto. Os docentes assistiram ainda programas e participaram de vídeos conferências para esclarecer dúvidas e fomentar novas idéias.

Um dos projetos premiados foi realizado em Contenda pela professora Olinda Gremisnki, no Colégio Estadual Miguel Franco Filho. Durante os trabalhos, os alunos de 6.ª série conseguiram que os entulhos de uma construção que estavam sendo jogados no rio que corta a cidade ganhassem o seu destino correto: o lixo. Como os alunos viram resultado do seu empenho, ficaram tão motivados que para o próximo ano vão montar um clube de fiscais do meio ambiente. “Alguém tem que começar. Aqui nunca ninguém fez nada pelo meio ambiente”, diz a professora.

Em Curitiba, um dos projetos desenvolvidos foi o de Revitalização do Rio Belém pelos alunos do Colégio Estadual Gelvira Correia Pacheco, no Barreirinha, coordenado pela professora Ana Maria Dias Correia. Os alunos dela pesquisaram toda a história do manancial e todo o processo que o deixou poluído. Fizeram maquetes mostrando como deveria ser o rio, sem poluição e com as matas ciliares. Para a população, eles criaram um conto que foi impresso em um livro. Nele, uma pessoa havia morrido porque contraiu leptospirose.

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