O lixão a céu aberto da cidade de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, opera há pelo menos 25 anos sem autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

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Portanto, além de estar saturado, também já está irregular e nem deveria mais estar funcionando. Por conta disso, desde 2002 o município vem sendo autuado pelo IAP, que fez, ontem, mais uma vistoria no local.

Até o momento, o grande problema é que não há uma solução para o lixão, pois o município ainda não tem outro local para destinar os resíduos da cidade. Por conta do impasse, o procurador jurídico de Rio Branco do Sul, Ari Nunes, deve procurar o IAP para que, em conjunto, ambos os lados encontrem uma solução para o problema.

“Por enquanto não temos outra alternativa senão continuar destinando o lixo para lá”, disse. Ele informou que o município tem buscado e estudado outras opções, como levar o lixo para outra cidade ou mesmo contratar uma empresa para fazer o serviço de destinação, mas até agora nada foi decidido. “Tínhamos duas áreas que chegaram a ser licenciadas pelo IAP, mas voltou-se atrás porque a população foi contra”, argumenta Nunes. As duas áreas estudadas ficam nos bairros Santa Clara e Votuverava. O atual lixão está localizado na região do Limoeiro.

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O município deve hoje duas multas ao IAP: uma de R$ 15 mil (de 2004) e outra de R$ 20 mil (de 2003). Ambas foram aplicadas porque não foi apresentado um projeto de recuperação do lixão.

Outra multa de R$ 6 mil (de 2002) também foi aplicada à prefeitura. O município só conseguiu reverter na Justiça a cláusula penal que determinava multa de R$ 5 mil por dia por não cumprimento das determinações.

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O presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, não atendeu a reportagem do Paraná Online ontem. A assessoria do IAP informou que o lixão só não foi embargado ainda para a situação não se agravar.