Ribeirão Claro não quer menor à noite nas ruas

Os menores de 17 anos estão proibidos de permanecer nas ruas de Ribeirão Claro desacompanhados dos pais após as 21 horas. A determinação é da juíza da comarca, Patrícia de Mello Bronzetti. Ela assinou portaria neste sentido atendendo solicitação do Conselho de Segurança do município. A iniciativa visa evitar violências, como brigas de faca ocorridas no último réveillon.

Estatística revela que, em Ribeirão Claro, a maioria dos crimes acontecem nas noites e madrugadas dos finais de semana, períodos de maior consumo de álcool. O presidente do Conselho de Segurança, Sérgio Sasdelli, informa que também está solicitando maior apoio do Conselho Tutelar e reivindicando “mudança do quadro de investigadores da Polícia Civil a cada três anos, blitze nos bares para apreensão de drogas e armas e fiscalização da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores de idade”.

Novo comportamento

Conforme a juíza, a portaria que restringe a circulação de menores depois das 21 horas é a primeira resposta ao pedido do Conselho de Segurança. Nos próximos dias, durante reunião entre Ministério Público e polícias Civil e Militar serão definidas outras ações de combate à violência.

No primeiro final de semana sob a vigência da portaria, os agentes do Conselho Tutelar já observaram mudanças no comportamento dos adolescentes. “O pessoal respeitou o horário, entendeu que a ordem é para valer”, enfatizou Aramis Franke Néia, presidente do Conselho Tutelar. No entanto, lamenta que “muitos menores com porte físico de adultos ainda resistem à ação”.

O delegado Acilto Damian Preve considera boa a iniciativa. Ressalta, entretanto, que, em geral, as ocorrências policiais no município “são de pequeno potencial ofensivo, que prevê aplicação de multas ou de penas alternativas, com prestação de serviços comunitários”. Também o promotor público Luiz Paulo Zanetti observa que ultimamente foram registradas apenas duas tentativas de homicídio em Ribeirão Claro e os autores estão presos. “Em 90% dos casos são aplicadas multas ou penas alternativas”, explica.

Voltar ao topo