Reunião sem acordo no MPT em Maringá

A reunião entre Prefeitura e Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) realizada ontem, no ofício local do Ministério Público do Trabalho (MPT), acabou em nada. Mesmo com a tentativa de mediação da Justiça, não houve entendimento entre as partes e a greve continua. De acordo com Ulisses Maia, um dos representantes jurídicos do município, a audiência sequer começou e, como afirma o procurador do Trabalho, Fábio Alcure, a questão greve nem chegou a ser discutida.

Como explica o procurador, a audiência foi solicitada pelo próprio sindicato. Segundo ele, a única intenção do MPT era facilitar o entendimento entre as partes e estimular o diálogo. "O município aqui representado chegou com a postura de que somente participava da audiência se fosse autorizada a filmagem, inclusive eles trouxeram uma equipe. O pedido foi negado e, por isso, o município se negou a participar da discussão", afirma Alcure.

Segundo Maia, a Procuradoria do município foi convidada a participar da reunião e compareceram em respeito ao procurador. No entanto, ele afirma que faltou "transparência". "A questão é que estamos discutindo o interesse público, da coletividade. Não entendemos o porquê de a audiência ser a portas fechadas, sem imprensa e sem a presença de um representante da Câmara. Por isso encerramos a audiência", afirma o representante da Prefeitura. Ainda segundo ele, "desde o começo a Prefeitura estava disposta a conversar, mas de acordo com a lei (7.783/89). Quando os grevistas pararem com atos ilegais de violência e pressão o diálogo continua", completou.

Entre os atos que Maia julga como ilegal estão o impedimento dos caminhões de fazerem a coleta de lixo; impedimento do trabalho dos funcionários que não aderiram à greve e o fato de muitas ações "extremistas" serem feitas por pessoas que sequer são servidores.

O procurador do MPT esclarece que o pedido de filmagem foi negado por entender que o ato já estava tendo a publicidade devida, porque estavam presentes o presidente da sub-seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um observador indicado por cada parte. Os representantes do Sismmar não quiseram atendera a equipe de O Estado, após a audiência.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo