Londrina (AE) – A Prefeitura de Londrina anunciou que não vai aderir ao projeto de restaurantes populares que o governo federal quer disseminar. O secretário de Agricultura da prefeitura, administrada pelo PT, Nilson Ladeia, afirma que a decisão foi tomada após se concluir que cada refeição custaria cerca de R$ 4.
?Seria preciso fornecer refeições balanceadas, o que é impossível a um custo de R$ 1?, afirma. Para cada porção de alimento servida a R$ 1, a administração municipal teria de desembolsar R$ 3, o que representaria, no caso de mil diárias como pretende a administração federal, R$ 3 mil reais por dia aos cofres do município.
A cidade, com quase 500 mil habitantes, está habilitada a receber os recursos, a fundo perdido, para a primeira fase de adoção da proposta, noticiada pelo presidente Lula como um dos instrumentos de erradicação da fome no País.
Os 227 municípios com mais de 100 mil habitantes têm até a sexta-feira para protocolar no Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, cuja secretária-executiva, Márcia Lopes, é de Londrina, as idéias dos restaurantes.
O governo federal tornou disponíveis para a primeira etapa do plano, que prevê ainda este ano a instalação de 55 estabelecimentos populares, R$ 38 milhões.