Requião pretende acabar com Medicina na UEPG

O governador Roberto Requião (PMDB) demostrou ontem, em Curitiba, durante uma explanação a empresários e editores-chefes de veículos de comunicação do Paraná, sua posição contrária à existência do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Requião sinalizou com a possibilidade de fechamento do curso, aberto este ano. O governador disse que a abertura do curso foi uma irresponsabilidade da administração anterior e que a iniciativa partiu de um grupo que buscava o populismo.

Mesmo sabendo do desgaste que sofrerá, devido à pressão de familiares, alunos e cidadãos de Ponta Grossa de uma maneira geral, o governador deixou transparecer que vai fechar o curso, o que gerará inclusive economia para o Estado.

A posição de Requião é embasada na opinião de várias entidades médicas, que no início do mês passado fizeram uma visita à instituição e concluíram que as obras do espaço físico e a estrutura do curso – como professores, laboratórios e bibliografia -, não condiziam com o necessário para um curso de Medicina. A falta de um hospital universitário também foi um dos pontos que causou a insatisfação das entidades médicas.

Mesmo não oficializando o fechamento do curso, a assessoria da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informou que os alunos não seriam prejudicados, pois há a possibilidade de transferência para os cursos de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

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O reitor da UEPG, Paulo Roberto Godoy, afirmou que nos próximos dias uma comissão formada por entidades de Ponta Grossa irá se reunir com o governador e tentar provar a importância e a viabilidade do curso. Godoy explicou que a Prefeitura do município e a Associação Médica de Ponta Grossa apóiam a iniciativa. Ele destacou que há a disposição de que os hospitais Municipal e Infantil da cidade sejam transformados em Hospital Regional Universitário. “Ele contará inclusive com maternidade. O melhor é que haveria uma enorme redução de custos por parte do governo do Estado, já que a Prefeitura de Ponta Grossa continuaria repassando os recursos ao hospital como repassa hoje”, disse Godoy. Ele afirmou que R$ 3,1 milhões dos R$ 4 milhões investidos pelo governo na construção do espaço físico do curso já foram gastos, e que em 90 dias as obras estarão construídas.

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