Requião defende a retomada da Ferroeste

Durante inauguração da Estação Aduaneira de Interior (Eadi), em Cascavel, ontem, o governador Roberto Requião criticou a gestão da Ferropar, concessionária da Ferroeste, e pediu aos diretores da estrada de ferro que iniciem o processo para o Estado voltar a explorar a ferrovia. “Minha diretriz para nosso pessoal da Ferroeste é a seguinte: quero de volta esta estrada para alavancar o desenvolvimento do Oeste do Paraná”, ressaltou.

Segundo o governador, o contrato firmado pelo governo anterior deve ser revisto pela falta de investimento e inadimplência da Ferropar. Ao custo de US$ 340 milhões, a Ferroeste foi construída durante a primeira gestão de Requião como governador com mão-de-obra do Exército. “Quando acabou meu governo, esta estrada de ferro foi palco de uma das maiores patifarias da história do Paraná”, denunciou. O governador também reclamou da passagem da exploração da ferrovia para iniciativa privada por um período de 30 anos, ao custo de R$ 25 milhões, com três anos de carência e 75% de diferimento tributário.

“Em sete anos a Ferropar recolheu aos cofres da Ferroeste R$ 1,2 milhão e não cumpriu sua parte no contrato, investindo apenas R$ 7 milhões”, ressaltou.

“Não pode ter sido inútil o trabalho patriótico do nosso Exército, com jornadas de 24 horas de trabalho e o monumental esforço econômico realizado na minha primeira gestão.”

Eadi

A Eadi de Cascavel vai funcionar ao lado do terminal da ferrovia e junto ao Parque Industrial do Município e deve estimular exportações da indústria local e regional, especialmente para o Mercosul, além de impulsionar novos empreendimentos que poderão beneficiar-se dos regimes especiais de importação e exportação permitidos pela Receita Federal. “Um supermercado pode, por exemplo, comprar produtos argentinos e deixar na Eadi até o momento em que vai comercializar no estabelecimento, ou seja, um retardamento no pagamento do imposto”, esclareceu Requião.

O “porto seco” como é denominada uma estação aduaneira fora de região fronteiriça, está localizado em um dos maiores entroncamentos rodoferroviários do Sul do País. No segundo ano de operação do terminal devem ser movimentadas mais de 30 mil toneladas de mercadorias.

Foram investidos na Eadi recursos de aproximadamente R$ 2 milhões na construção de obras da área administrativa, escritório para a Receita Federal, balança rodoviária, estacionamento para caminhões e veículos leves, um armazém de 2 mil metros quadrados e infra-estrutura para atendimento aos motoristas e despachantes aduaneiros.

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