Jorge Mayer.

Hoje em dia, nada é mais fácil do que descobrir a hora certa. Os relógios digitais estão nas ruas, nos painéis dos carros, nos computadores e até mesmo nos visores dos telefones celulares. Mas, em meio a toda essa tecnologia, ainda existem pessoas que conservam relógios antigos, com mais de cinqüenta anos, cuja corda ainda é carregada por um movimento de pulso (relógios automáticos) ou manualmente (relógios de corda manual).

Prova disso é que a Relotécnica, que funciona desde 1962 no centro de Curitiba, até hoje recebe relógios fabricados no início do século passado para consertar. “O aparelho mais antigo que já consertei foi um relógio de bolso fabricado na Suiça, em 1780. Pertencia a uma senhora que o havia adquirido na Áustria, em uma feira de antigüidade”, conta o funcionário Rodolfo Hinz Júnior.

Geralmente, os relógios antigos pertencem a colecionadores ou são relíquias de família, dotadas de grande valor afetivo. “Na maioria das vezes, as pessoas guardam os relógios, assim como outras antigüidades, como forma de relembrar o passado ou recordar pessoas que já se foram”, explica o também funcionário Jorge Mayer. “É uma maneira que muita gente encontra de tentar resgatar um tempo que não existe mais.”

Um relógio de balcão, diz Jorge, não é encontrado por menos de R$ 500,00. Em relação ao de pulso, se for de uma marca famosa, o preço não é abaixo de US$ 800,00. Segundo Rodolfo, a manutenção dos equipamentos também não é barata. Como as peças já deixaram de ser comercializadas, quem trabalha com o conserto normalmente precisa fabricá-las por conta própria.

Atualmente, apenas marcas famosas, como Rolex e Frank Müelles, ainda fabricam relógios automáticos e de corda manual.

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