Relatório vai pedir a conclusão do Fórum de Curitiba

A comissão que estuda soluções para a obra inacabada do Fórum de Curitiba entrega amanhã seu relatório ao presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, Vicente Troiano Neto. A comissão, presidida pelo desembargador Oto Sponholz, iniciou os trabalhos em maio. A tendência é de que o relatório indique a retomada da construção, interrompida desde 1992. Calcula-se que as obras de recuperação e reforço das fundações, necessárias para a conclusão do Fórum, custe cerca de R$ 5 milhões.

Segundo Sponholz, o relatório recomendará que a construção, abandonada desde 1992, seja retomada e ampliada em relação ao projeto original.

Ampliação

De acordo com Sponholz, a comissão vai anexar ao relatório a proposta do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), que consiste no aproveitamento integral da estrutura existente e na ampliação da área construída, de 32.400 para 54 mil metros quadrados, e deverá pedir a retomada das obras.

Embora Sponholz não tenha adiantado o teor do documento, o projeto do arquiteto Elgson Ribeiro Gomes em parceria com o Instituto Paranaense de Engenharia deve ser aprovado.

Projeto

O projeto propõe envelopar o prédio do Fórum, acoplando uma nova estrutura de concreto à já existente, fazendo seus espaços se dilatarem. O novo prédio seria feito com jardins suspensos pelas fachadas, que seriam suavemente arredondadas. Adjacente ao edifício, dois estacionamentos semi-enterrados.

Seriam quatro estruturas com pilares e fundações próprios, que, ao invés de sobrecarregar a existente, reforçariam os pontos eventualmente fragilizados. Em função dos defeitos construtivos, os atuais espaços dos elevadores ganhariam novas funções e os elevadores, um conjunto de quatro para cada bloco, teriam saída para dois semicilindros de vidro, que comporiam dois halls panorâmicos um de cada lado do prédio.

Relatório

Sponholz disse que o presidente do TJ é quem deverá decidir o caminho para essa retomada. “O presidente vai avaliar se vai ser uma licitação ou um concurso, por exemplo”, afirmou, referindo-se à sugestão feita esta semana pelo professor Mauro Lacerda Santos Filho, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de que seja realizado um concurso de projetos para o Fórum.

Estrutura reforçada

O TJ também poderá contar com a colaboração da Concremat Engenharia e Tecnologia, que se ofereceu para dar informações sobre o estado da obra inacabada. Em 1997 a Concremat elaborou, a pedido do governo do Estado, um laudo técnico estrutural, apontando que a construção poderia ser continuada, desde que fossem feitas obras de recuperação e reforço de fundação.

“O TJ possui esse laudo, mas, como a linguagem é muito técnica, nos colocamos à disposição para auxiliar”, disse o diretor comercial Sul da Concremat, Adayr Cabral Filho. Segundo ele, em linhas gerais o laudo continua válido, mas, como já se passaram cinco anos, seria recomendável uma atualização. Cabral Filho calcula que as obras de recuperação e reforço custariam em torno de R$ 5 milhões.

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