Reitoria diz que ocupação da UFPR foi desnecessária

Após 34 dias de greve, um grupo de estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ocupou a reitoria da instituição na noite da última terça-feira. O movimento não divulga exatamente quantas pessoas estão no prédio, mas afirma que “centenas” de universitários estão mobilizados.

O prédio onde eles estão abriga os gabinetes do reitor Zaki Akel Sobrinho e do vice-reitor, além do Departamento de Contabilidade, a Pró-Reitoria de Planejamento, a Comissão de Acompanhamento dos Docentes e outros departamentos.

Os manifestantes vedaram as janelas do prédio com cartazes onde estão escritas frases de protesto. Algumas janelas onde os papéis foram colados ficam em salas que estavam trancadas no momento da ocupação, o que significa que os espaços foram arrombados. Os servidores estão impedidos de entrar no local, o que prejudica ainda mais o funcionamento da instituição que também enfrenta a paralisação de professores e servidores técnico-administrativos.

Os alunos reivindicam um posicionamento da universidade a respeito de nove itens: assistência ao estudante, acessibilidade, bibliotecas, grade curricular, promoção da democracia, estrutura da instituição, estágios, privatizações e pós-graduação. “A ocupação é o primeiro passo para a radicalização do movimento”, afirmou a estudante e integrante do movimento de greve Tassiane Goodman, aluna do curso de Ciências Biológicas. De acordo com ela, a ação foi uma resposta ao posicionamento da reitoria, que não trouxe soluções concretas para a negociação. Ela afirmou que os estudantes só deixarão o local após um acordo.

A informação, no entanto, é contestada pela pró-reitora de Graduação da UFPR, Maria Amélia Sabbag Zainko, que se diz surpresa com a ocupação do prédio. “Estávamos desde o início de junho negociando as pautas com os estudantes e estávamos evoluindo bem”, disse. Ela garante que não serão tomadas medidas para desocupar a reitoria e seguir com as negociações. “Apelamos pelo bom senso dos alunos, que desocupem o espaço. O rompimento do diálogo foi por parte deles.”

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPR informou que não está apoiando esta invasão.

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