O enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente no Paraná devem ser intensificados através da criação de uma rede de atendimento às vítimas. A rede, que ainda está em fase de planejamento, deve abranger todo o estado, sendo dividida em cinco macrorregião: Curitiba, Maringá, Londrina, Cascavel e Guarapuava.
?Atualmente, Curitiba é o único município do Paraná que tem uma rede municipal de atendimento a crianças e adolescentes que sofreram violência. Uma rede estadual deve proporcionar a junção de diversos órgãos no enfrentamento do problema, que envolve prevenção, notificação, proteção e atendimento às vítimas e seus familiares?, comenta a coordenadora da política estadual de assistência social da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social do Paraná (SETP), Denise Colin, que ontem participou de discussões sobre o assunto.
No que diz respeito à prevenção da violência – seja ela física, sexual ou psicológica -, a responsável pela coordenação de apoio à gestão municipal da Secretaria, Ironi Camargo, afirma que é importante que os adultos, na escola e no ambiente doméstico, saibam identificar sinais de que a criança ou o adolescente está sofrendo violência.
| Foto: Lucimar do Carmo/O Estado |
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| Encontro sobre o tema foi realizado ontem, na capital. |
Muitas vezes as vítimas não denunciam o que está acontecendo por se sentirem ameaçadas pelos agressores. Porém, mudam o comportamento em sala de aula, com os colegas e familiares, tornando-se mais retraídas e tristes. ?Alguns tipos de violência deixam marcas físicas, fazendo com que fique claro o que está acontecendo com a criança. Outros, não deixam sinais. Por isso, é importante que familiares, professores e profissionais da área médica saibam reconhecer a linguagem das vítimas, mesmo que essas não expressem o que lhes acontece através de palavras?, diz.
Após identificado o problema, Denise e Ironi afirmam que a agressão deve ser denunciada, o que ainda deixa de acontecer de forma intensa. A partir da denúncia, é possível punir os culpados, prestar atendimento à vítima e apoio aos familiares.