Rede Amamenta de Londrina é referência nacional

A prefeitura de Londrina é reconhecia mais uma vez nacionalmente por suas políticas públicas. Desta vez é o programa Rede Amamenta, coordenado pelo Comitê de Aleitamento Materno (CALMA), da Secretaria Municipal de Saúde, desde 2006, que passa a receber a denominação de Rede Amamenta Brasil.
 
No último dia 19, a portaria de n° 2.799, publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, instituiu o programa no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o país.
 
O programa foi criado em Londrina a partir da tese de mestrado da docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Lylian Dalete de Araújo, também servidora da Secretaria Municipal de Saúde. Atualmente, a docente também faz parte da coordenação do Grupo Operacional da Rede Amamenta Brasil.
 
Segundo Lylian Dalete, o programa nasceu para atender às necessidades do Departamento de Atenção Básica (DAP). “Nós vimos que não existiam programas de aleitamento no dia-a-dia das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Por isso desenvolvemos esse projeto na cidade”, explicou.
 
Outra coordenadora do Grupo Operacional da Rede Amamenta Brasil e responsável pela coordenação do CALMA em Londrina, a enfermeira da Secretaria de Saúde Lílian Poli, informou que a cidade foi convidada, em 2007, a adequar seu trabalho para ser aplicado nacionalmente. “Nós não esperávamos que o programa feito em Londrina tomasse um âmbito nacional. Isso mostra que nossa cidade está se destacando dentro do país”, disse.
 
A Rede Amamenta Brasil tem o objetivo de contribuir para aumentar os índices de aleitamento materno em todo o país. Sua proposta é formar tutores nas cidades participantes que “adotem” Unidades de Saúde e auxiliem mulheres com problemas e dúvidas de amamentação. “O importante é definir ações para o projeto do trabalho, de acordo com a necessidade de cada UBS”, completou a enfermeira.
 
Lílian Poli destacou a importância da união da Prefeitura de Londrina, da UEL, e de toda a sociedade para desenvolver esse trabalho. “Nós vemos isso como um programa interestrutural que constrói um conhecimento coletivo, e cria a verdadeira rede para melhorar a saúde”, afirmou. De acordo com ela, a Secretaria Municipal de Saúde proporcionou que os tutores da rede fizessem seus treinamentos dentro das UBS de saúde de Londrina.
 
“Para a mulher ter o processo de amamentação, ela precisa de uma rede que a envolva e dê apoio. Essa rede é vista dentro do programa, já que ele é uma linha de ação que engloba o programa Saúde da Criança, o Aleitamento Materno e Atenção Básica. A amamentação não é tratada por nós como biologicamente determinada. Fazemos um trabalho que envolve desde o porteiro de uma UBS até enfermeiros e médicos para apoiar as mulheres”, informou Lílian Poli.
 
A secretária municipal de Saúde, Marlene Zucoli, destacou que o trabalho de Londrina foi escolhido como modelo por contribuir muito para a área do aleitamento materno. “Nós vemos a importância do Amamenta Brasil por ele ajudar na melhoria da qualidade de vida das crianças. É um grande privilégio tornar nosso projeto um modelo nacional”, comentou.
 
Para o prefeito Nedson Micheleti este é mais um programa criado em Londrina para melhoria da qualidade de vida da população, e que se torna referência nacional pela eficácia e pela seriedade com que foi desenvolvido. “Temos recebido prêmios de referência nacional na área de Saúde, de Educação, de Assistência Social, de Cultura, e também do desenvolvimento de ações voltadas ao trabalho e emprego, como da Economia Solidária e da reciclagem”, lembrou o prefeito. Para ele, no entanto, este programa de Aleitamento Materno é sem dúvida um dos mais importantes, porque influencia decisivamente na diminuição dos índices de mortalidade infantil e da saúde futura das crianças. 
 
A portaria 2.799 foi assinada pelo ministro da Saúde durante o I Fórum Nacional e I Fórum Internacional de Monitoramento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). No evento estavam presentes representantes de 17 países e profissionais de saúde de todo o Brasil.