Deve ser retomada hoje a retirada dos destroços da ponte sobre a represa do Capivari, na BR-116, que caiu no mês passado em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. No acidente, uma pessoa morreu e três ficaram feridas. Técnicos contratados pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) iniciaram o processo de demolição no último domingo.
De acordo com o engenheiro do departamento, Ronaldo Almeida Jares, o maciço que está debaixo dos destroços continua se movimentando e, por causa da demolição, cedeu em dez centímetros na semana passada. "Paralisamos os trabalhos em função disso e retomaremos a operação depois que chegar de São Paulo um equipamento especial, mais adequado para esse tipo de situação", explicou Jares.
Todos os destroços retirados do local não poderão ser reaproveitados e serão jogados em um terreno particular, que fica a 10 quilômetros do local do acidente. Jares disse que o terreno no qual serão depositados os blocos de concreto não possui restrições ambientais para ser um bota-fora. "O proprietário do terreno concordou em depositarmos esse lixo lá porque vai servir de aterro do local para ele", disse Jares.
Muro
Ontem, começou a ser colocado concreto na saia do aterro sob a ponte que está em funcionamento. Na última quinta-feira, um pequeno deslizamento de terra perto de onde os trabalhadores colocavam os grampos causou preocupação, apesar de ser algo já previsto, segundo divulgou o próprio DNIT. No entanto, para prevenir, foi ampliado o número de grampos colocados no aterro de 191 para 300. Depois de finalizarem a obra de grampeamento – que estava prevista para terminar apenas amanhã, mas que acabou concluída no sábado -, começou a ser feito o muro de contenção que vai dar mais firmeza ao barranco. "Vamos colocar estacas a 12 metros de profundidade e sobre elas será construído o muro", disse o engenheiro.
Até o fim desta semana o muro de contenção deve ser terminado. Já a demolição dos destroços não tem prazo definido para acabar.