A necessidade de se reaproveitar as águas provenientes de lavatórios, banheiros e chuvas foi o tema de ontem do Seminário Internacional de Águas, promovido pelo Ministério Público Estadual, em Curitiba. O palestrante foi o vereador Paulo Salamuni (PMDB), que defendeu seu programa de reaproveitamento da água proposto na Câmara Municipal de Curitiba.
Salamuni destacou o fato de, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 29 países do mundo não possuírem água potável para atender às suas populações.
Ele propõe que casas feitas em convênios populares, como as da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) ou da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), teriam que obrigatoriamente ter equipamentos para reaproveitar água do banho. O professor Luiz Campestrini desenvolveu um modelo de equipamento para reaproveitar a água do banho. O equipamento serviu de base para a proposta de Salamuni. Campestrini explicou que um reservatório com capacidade para 50 litros é instalado em baixo do local onde fica o chuveiro. Esta água é filtrada e posteriormente jogada novamente no vaso sanitário. “Cada descarga normal usa 12 litros de água. Essa usa 6 litros, e de água que é reaproveitada”, explicou o professor, destacando que já está em negociação com uma empresa para produzir o equipamento. Seu preço médio seria de R$ 1 mil.