O índice de reajuste nas mensalidades das escolas particulares para o ano que vem deve variar entre 9% e 13%, mas cada escola têm autonomia para a alterar os valores para mais ou para menos, conforme sua planilha de custos. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná, seção Curitiba (Sinepe), Jacir Venturi, existe a preocupação de não repassar um valor que não possa ser absorvido pelos pais, o que poderia contribuir para elevar a inadimplência, que hoje varia entre 6% e 35% em todo o País.

Nos meses de outubro e novembro as escolas começam a divulgar os valores de reajuste para o ano seguinte. Segundo a lei 9.870/99 e o decreto 3.274/99 o aumento deve estar subordinado a uma planilha de custos. Faz parte dela despesas como água, luz telefone, salário de professores, tributos, propaganda e até investimentos. Pela lei, os pais precisam ficar sabendo dos valores no mínimo 45 dias antes que se inicie o processo de rematrícula.

Se a inflação empurra o reajuste para cima, o medo da inadimplência e da concorrência são fatores capazes de pôr um freio nessa tendência. Em reuniões realizadas no sindicato para discutir o assunto, existe o consenso da queda de poder aquisitivo dos pais. Além disso, a taxa de natalidade caiu, o que faz com que as escolas lutem para manter seus alunos.

A inadimplência é a maior prova da dificuldade dos pais para manter em dia os pagamentos. No Paraná há escolas que têm 6% de mensalidades atrasadas e outras instituições ? geralmente universidades ? que estão na casa dos 30%.

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