Reage Brasil convoca para ato contra guerra

O movimento Reage Brasil, formado por representantes de partidos políticos, sindicatos e segmentos sociais organizados, está convocando a população a participar de um ato público contra a guerra entre Estados Unidos e Iraque, bem como a favor da Venezuela. A manifestação – que acontecerá em todo o mundo -será dia 15 de fevereiro, com concentração às 10h, na Praça Santos Andrade. Ontem, integrantes do movimento fizeram uma manifestação na Boca Maldita, no centro de Curitiba, para informar e convidar a sociedade.

De acordo com um dos integrantes do Reage Brasil, Luiz Pedro Di Lucca, é preciso uma participação da população nesse processo, dizendo não à guerra. “A própria população norte-americana já se manifestou contrária a essa batalha, então precisamos unir forças para demonstrar que essa insatisfação é mundial”, disse Lucca. A mesma posição defende o presidente da Sociedade Árabe Brasileira, Moutih Ibrahim. Segundo ele, o interesse dos Estados Unidos no Iraque é somente econômico, pois os iraquianos possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, estimada em centenas de bilhões de barris.

Para Luiz Pedro Di Lucca também é preciso se mobilizar a favor da Venezuela. “Nesse país os Estados Unidos estão financiando a oposição ao presidente Hugo Chávez, também com interesse nas reservas de petróleo”, disse. Ele acrescentou que ao invés de promover a guerra, estão tentando derrubar o presidente para privatizar as empresas de petróleo.

Brasil

Outra preocupação apontada pelos integrantes do Reage Brasil é a intenção dos Estados Unidos de internacionalizar a Amazônia. “Já existem publicações de mapas escolares naquele país mostrando o Brasil sem a Amazônia”, disse Lucca, comparando o interesse norte-americano no petróleo do Iraque à biodiversidade da Amazônia. De acordo com o representante, diversas bases militares já estão cercando o Brasil, e em breve os Estados Unidos poderão acusar o Brasil de ser uma ameaça, e voltarão suas artilharias contra o País. “Hoje é o Iraque, mas amanhã pode ser a Amazônia. Por isso é preciso chamar a população a lutar contra os Estados Unidos”, finalizou.

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