Questão do aterro não foi resolvida

Apesar das denúncias, o cheiro ruim e forte proveniente do lixão irregular, localizado no quilômetro 2 da Rodovia dos Minérios, continua incomodando os moradores do Abranches e do Taboão, zona norte de Curitiba. O aterro foi sendo formado nos últimos meses com autorização do proprietário da área, Edson Mello, e há quase um mês a Prefeitura conseguiu liminar para entrar no local para fazer a remoção do entulho. Mas o que foi definido pela Prefeitura, no início deste mês, como operação – emergência, até agora não foi realizada e, segundo a assessoria de comunicação, não há previsão para que a mesma aconteça, pois ainda está em fase de estudo.

Enquanto não se tomam providências, as pessoas continuam adoecendo por conta do cheiro forte do lixo. Conforme foi relatado no início do mês, em matéria publicada em O Estado, o atendimento no posto de saúde da região de pessoas com problemas respiratórios chegou a triplicar nos últimos dois meses. Não bastasse o problema de saúde, o aterro também implica em danos ambientais, pois está situado numa região de fundo de vale. “Não dá mais para agüentar. Minha mãe está doente, com enfisema pulmonar. Ela tem que fazer inalação todos os dias”, conta a moradora do bairro Taboão Marta Rodrigues, que também já teve que fazer inalação.

A costureira Neuza Gaspar, que também mora no Taboão, diz que o cheiro definido como de gás fica ainda mais forte à noite. “Está cada vez pior e ninguém toma providência.” O aterro já foi interditado e o proprietário está impedido de colocar mais lixo, mas o que os moradores esperam é que a solução, ou melhor, a retirada do entulho, de fato ocorra em caráter de emergencial, conforme prometido.

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