Desde 2010, as lâmpadas incandescentes estão deixando as prateleiras dos mercados. Aos poucos, os bulbos de 200, 150 e 100 watts foram banidos. No início de julho, chegou a vez dos de 60 watts. A medida, para adequar o consumo no país ao programa de eficiência energética, deixa ao consumidor as opções de lâmpadas fluorescentes e as LED (do inglês Light Emitting Diodo).
O baixo rendimento das lâmpadas incandescentes, que precisam de mais energia elétrica para emitir a mesma quantidade de luz das outras, fez com que deixasse os lares.

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Luz

Enquanto uma lâmpada incandescente consome 60 watts para produzir cerca de 600 lúmens, a fluorescente consegue o mesmo resultado gastando apenas 15 watts. Para as lâmpadas que usam a tecnologia LED, esse número cai para até 7 watts para produzir a mesma iluminação. Atualmente, apenas o estoque das velhas lâmpadas está sendo vendido.

Hábito

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“O consumidor se acostumou a procurar lâmpadas potentes buscando a maior quantidade de watts, mas isso mudou. Agora ele precisa pensar quantos watts ele precisa para produzir a mesma quantidade de luz, informado pelo valor dos lúmens”, explica o diretor técnico da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi), Alfredo Bomilcar.

Ainda falta certificação

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Apesar das lâmpadas fluorescentes contarem com o selo do Inmetro, as novas lâmpadas LED ainda aguardam pela certificação. “Fabricantes estão recebendo as informações técnicas sobre qual a maneira padronizada com que essas lâmpadas deverão ser produzidas. Até 17 de dezembro, já devemos ter produtos certificados, mas até lá o consumidor pode procurar produtos atestados pela Abilumi”, afirma Alfredo Bomilcar, diretor técnico da Abilumi.

Procel

Quem busca as lâmpadas deve procurar a certificação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). “A preocupação com o consumo racional de energia já mobilizou o governo a criar esta garantia que é dada ao consumidor final. Ao comprar qualquer equipamento eletrônico, o cidadão deve se orientar pela escala de notas dada àquele produto”, orienta o engenheiro da Eletrobrás, Rafael David.

Indústrias já trocaram

Grandes consumidores de energia já optaram pela eficácia das novas lâmpadas. “Hoje, são muitas repartições públicas, comércios, indústria e grandes condomínios residenciais que já passaram a usar lâmpadas LED. Com as termoelétricas ligadas, e a bandeira vermelha acionada, quem precisa reduzir custos orçamentários deve investido na substituição.

“A redução normalmente varia entre 60% e 80%, mas em alguns casos chega até a 90%”, conta o empresário Anibal Reichenbach, que atua no setor de iluminação, com a empresa LedArt desde 2004.

Lâmpadas fluorescentes resistem por conta do custo.

Fluorescentes têm sobrevida

Especialistas acreditam que o futuro das lâmpadas fluorescentes será o mesmo das incandescentes. Quando fazemos o cálculo, considerando o valor do equipamento, o gasto mensal e a durabilidade, vemos que mesmo custando mais, a princípio, por durarem mais, as lâmpadas LED conseguem devolver o investimento inicial ao longo do tempo.

O custo-benefício está na redução da conta de luz e na durabilidade das lâmpadas fluorescentes ou em tecnologia LED. A nova tecnologia economiza quase 90% e dura 25 mil horas. Já a fluorescente chega ao máximo a 8 mil horas, de vida.

Para o engenheiro da Eletrobrás, Rafael Meireles David, a tendência é que as lâmpadas LED dominem o mercado.

“O investimento ainda é muito caro para famílias de baixa renda, pois a lâmpada LED tem custo alto. Por isso, o equipamento fluorescente permanecerá por bom tempo no mercado”, avalia Rafael.

Nacional

Ele ressalta que lâmpadas LED já contam com fábricas em território nacional, enquanto as fluorescentes são quase todas importadas.
“A tendência é que com a eventual redução do custo das lâmpadas LED, as fluorescentes deixem de ser uma opção atrativa”, comenta.