Qualificação não melhora o salário

Servidores estaduais que esperam o reenquadramento criticam a indefinição do governo. Ana Cecília Homman começou a trabalhar no Laboratório Central do Estado em 1989, na função de auxiliar de laboratório. Na época, tinha o ensino médio regular. A partir daí, incentivada pelo governo, fez curso técnico e passou a exercer as responsabilidades de técnico de laboratório, mas ao invés de ser promovida ou submetida a concurso, foi rebaixada, em 1992, à função de agente de apoio (ensino fundamental) por causa da mudança de servidora celetista para estatutária. “É triste porque vou acabar me aposentando com uma função de primeiro grau. Já que mudar de cargo é inconstitucional, podemos, pelo menos, receber a diferença pela função exercida”, protesta.

Leôncio Manoel de Oliveira, representante do SindiSeab de Paranavaí, entrou na Secretaria da Agricultura em 1989, como agente de apoio.

Na época, ele já tinha o ensino médio completo. Em 1996, concluiu o curso superior de Geografia e, logo em seguida, fez pós-graduação em didática. “Exerço a função de agente de execução desde 1989, tenho pós-graduação e ainda estou enquadrado como primeiro grau”, lamenta.