Protesto contra reajuste das mensalidades na PUCPR

Estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) promoveram, durante o dia de ontem, uma série de protestos nos campi da instituição. O motivo principal foi um reajuste de 8,5% nas mensalidades dos cursos, anunciado para janeiro de 2009.

Mas os alunos também reivindicam mais segurança, melhorias nas instalações e mais professores qualificados. A universidade recebeu as reivindicações e explicou o reajuste, mas ainda não divulgou uma posição final a respeito dos outros pedidos.

Durante cada turno, alunos eram chamados nos blocos para as manifestações. De manhã, no câmpus Curitiba, no bairro Prado Velho, mais de 600 alunos protestaram em frente ao prédio administrativo da instituição, segundo o presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, Gustavo Pagnoncelli. À tarde, poucas pessoas compareceram.

Ontem, ainda pela manhã, representantes da universidade receberam alguns alunos. À tarde, foi entregue uma pauta de reivindicações, durante uma nova reunião entre alunos e o pró-reitor de Administração, Planejamento e Desenvolvimento, Valdecir Cavalheiro.

Segundo ele, o reajuste foi inevitável. “Chegamos ao menor percentual possível, para não comprometer a manutenção das atividades da instituição para o ano que vem”, justifica. O curso com a mensalidade mais cara é Medicina. No ano que vem, a mensalidade custará R$ 2.838.

Cavalheiro esclarece que os gastos com pessoal são os que mais pesam no orçamento, representando de 60% a 70% dos custos da instituição, que tem por volta de 1,4 mil professores e mil funcionários. Em relação às outras reivindicações apresentadas, o pró-reitor diz que a universidade está aberta ao diálogo, e que elas serão avaliadas.

Os alunos também deverão, nos próximos dias, avaliar o que farão em relação ao reajuste. Mas Pagnoncelli informa que eles não irão aceitá-lo, e devem continuar protestando, seja acampando na sede da instituição, ou buscando outros meios de manifestação.