A promotora Leli Lourenço Córdova, 48 anos, já não sabe mais o que fazer para se manter viva. O processo judicial que ela impetrou na Justiça Federal para conseguir do SUS medicamento de R$ 8.500,00 ainda não foi concluído. O andamento depende que a Secretaria Municipal de Saúde (um dos três réus do processo) se manifeste. O prazo para esta manifestação termina hoje.

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A partir de amanhã, o juiz tem cinco dias para se manifestar (pedir mais diligências ou dar sentença). Mas a vida de Leli talvez não consiga esperar tanto. A última caixa que Leli tinha do remédio acabou há mais de 15 dias e ela já sente os incômodos do câncer no pulmão que se alastrou para a cabeça. A doença pode apenas ser controlada com o Tarceva (cloridrato de erlotinibe), que ela pleiteia na Justiça.

Ajuda

Leli estava conseguindo comprar o remédio com a ajuda dos amigos, que faziam doações e eventos beneficentes. Mas o dinheiro acabou e ela não sabe como vai comprar mais uma caixa. Desde janeiro, só de Tarceva, ela acredita já ter gastado quase R$ 60 mil. Fora outros medicamentos necessários, que somados ao Tarceva, podem chegar a R$ 100 mil.

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Em seu perfil do Facebook, Leli demonstra o seu desespero, dizendo que pensa em desistir. Mesmo assim, apela: “Hoje dependo de amigos porque não tenho esse dinheiro para me manter. Aqueles que quiserem me ajudar, a agência é 0998, conta poupança 00118844/4, Operação 013, Caixa Econômica Federal – Leli Lourenço de Farias Pacheco.”