O Programa de Erradicação de Espécies Exóticas Invasoras do Instituto Ambiental do Paraná entrará em nova fase a partir do ano que vem. O IAP vai contratar empresas especializadas em recuperação de áreas degradadas para atuar no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, no combate e controle da rebrota e regeneração das espécies exóticas invasoras nas áreas.

continua após a publicidade

Pioneiro no País, o programa é executado desde 2005 em todos os parques estaduais, com o objetivo de suprimir espécies exóticas como pinus e eucaliptos, que não são nativas da região e impedem a regeneração da vegetação natural.

Em Vila Velha – onde a iniciativa foi implantada em 2007 –, o trabalho de corte de árvores e reaproveitamento do material lenhoso termina no fim deste ano. Desde o início do programa já foram retirados 685 mil pés de pinus e um número ainda não calculado de eucaliptos.

Esse trabalho, que tem servido de exemplo para outros estados, costuma chamar a atenção dos visitantes. “Aos que questionam o corte, explicamos a necessidade deste trabalho. As espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda maior causa mundial de perda de biodiversidade em ambientes naturais e a primeira em Unidades de Conservação no mundo”, disse a gerente do Parque de Vila Velha, Ângela Dalcomune.

continua após a publicidade

“A área onde se concentram as espécies exóticas invasoras era uma fazenda experimental do Instituto Agronômico do Paraná, incorporada ao parque mais tarde. Por isso, havia plantações de espécies invasoras como o pinus e o eucalipto”, explica o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, Guilherme Vasconcellos.

As espécies exóticas – trazidas de outros ambientes que não do Estado ou da região – dominam o espaço das espécies nativas, fazendo sombra e retirando os nutrientes do solo, o que diminui a capacidade de multiplicidade da flora e também da fauna. O trabalho de erradicação dessas espécies ocorre em todos os parques estaduais e devolve aos parques as características naturais da biodiversidade.

Programa

continua após a publicidade

O Programa de Erradicação de Espécies Exóticas Invasoras foi criado em 2005 com o objetivo de dar amparo legal ao controle de invasão biológica e implementar ações de prevenção, erradicação e controle.

O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a regulamentar a retirada de espécies exóticas. A portaria 192/2005 do IAP permite a extração das espécies invasoras de unidades de conservação.

Também foi o primeiro Estado a publicar uma lista com 57 espécies de plantas e 26 de animais considerados exóticos aos ecossistemas paranaenses. Uma portaria reconhece oficialmente a lista e aponta os tipos de plantios comerciais de espécies exóticas que devem adotar medidas preventivas de controle para que não se transformem em vegetação invasora.