Programa atende crianças e adolescentes violentados

Cerca de cem pessoas estiveram na última sexta-feira em Curitiba para participar do Seminário de Avaliação do Programa Sentinela no Paraná. O programa existe desde 2000 no Estado e em 2003 atendeu a 2.312 crianças e adolescentes, a maior parte (69%) meninas. Os casos mais comuns são os de abusos sexual e a faixa etária mais atingida é de sete a 14 anos. Entre as crianças do sexo masculino, os casos mais comuns são de abuso sexual (31%) e violência psicológica (25%).

No Paraná, o programa Sentinela atende 29 municípios, além de abrigar um dos dois únicos consórcios intermunicipais do Brasil. O município de Cidade Gaúcha é um dos pólos desse consórcio que ocorre em Umuarama e Cianorte. O consórcio participa de reuniões no município uma vez por semana e realiza reuniões de planejamento e avaliações na sede do pólo. “Esse pólo atende Rondon, Guaporema e Tapira, num total de 120 crianças de 112 famílias atendidas. Só em Cidade Gaúcha é prestado atendimento para 78 famílias, a maior parte dos casos (109) envolvendo denúncias contra as mães”, relata Milton Lucena, prefeito de Cidade Gaúcha.

Para Denise Colin, coordenadora do Núcleo de Assistência Social, o evento é o resultado de uma avaliação feita no estado e deve gerar subsídios e dados que serão apresentados em Brasília, no Primeiro Colóquio do Programa Sentinela, nos dias 25 e 26 de novembro. A representante do Paraná foi eleita durante assembléia realizada no seminário e será Neusa Golim, de Foz do Iguaçu. “É preciso que mais pessoas conheçam o tema, se aprimorem e façam parte desse serviço que é muito complexo, articulando com a rede de saúde, escola, judiciário”.

O seminário foi acompanhado por Telmara de Araújo Galvão, assistente social da Gerência Nacional do Ministério de Assistência Social, que defendeu a necessidade de parcerias e de articulação da política federal com as políticas estaduais. “É muito importante estar discutindo esse assunto, trocando idéias e informações, essa vivência. Por isso esses profissionais têm um papel fundamental nesses seminários”, disse Telmara.

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