Médicos e funcionários do Centro Médico Comunitário, no Sítio Cercado, reclamam dos constantes atrasos no pagamento dos salários e benefícios. A situação repete o problema enfrentado pelos trabalhadores do Hospital Evangélico, que neste ano fizeram várias manifestações para cobrar a remuneração. O espaço é coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde e funciona por meio de um contrato de gestão com o Hospital Evangélico, mas esta condição pode mudar a partir do ano que vem. A proposta do prefeito eleito Gustavo Fruet é transformar o local no Hospital da Mulher.
Uma manifestação chegou a ser agendada para ontem, mas foi desmarcada pelos trabalhadores depois do anúncio de que o pagamento dos salários, que deveria ter sido feito no dia 8 de novembro, foi realizado ontem junto com a primeira parcela do 13º salário. O vale-alimentação está programado para amanhã, mas mesmo assim os funcionários reclamam dos atrasos constantes e da falta de informações.
Trabalhadores contaram à Tribuna que o vale-alimentação chega a atrasar por mais de três meses e raramente o pagamento sai no dia correto. “A gente fica sem saída, a conta não dá pra passar o mês”, lamenta uma funcionária. Outro trabalhador reclama das condições de trabalho, com menos folgas do que o determinado. “O fundo de garantia não é recolhido, as férias só são pagas depois que o funcionário volta”.
Os funcionários afirmam que a justificativa dada é o atraso no repasse pela prefeitura. Mas a Secretaria Municipal de Saúde informa que o repasse ao Hospital Evangélico é feito nas datas combinadas. Em nota, a direção do hospital definiu o atraso no pagamento referente a outubro dos salários “de alguns médicos do Hospital do Bairro Novo” como “exceção”. “Desde o início da atual gestão, esta foi a primeira vez que o pagamento de alguns dos maiores salários dos médicos (…) sofreu atraso”. A nota cita que os salários estão rigorosamente em dia e que o pagamento da primeira parcela do 13º salário foi antecipado.