Profissionais da saúde pressionam deputados

Uma greve nacional de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem não está descartada se o Congresso Nacional não colocar em votação dois projetos de lei que regulamentam a jornada de trabalho de 30 horas semanais e o piso salarial das categorias. Ontem, entidades representativas dos profissionais da saúde participaram de audiência pública na Assembleia Legislativa. Hoje, às 13h, haverá mobilização na Boca Maldita, com entrega de panfletos e abaixo-assinado.

“O projeto de lei de 30 horas semanais para a enfermagem já passou por todas as comissões. Mas depende dos deputados para ir à votação. A presidente Dilma Rousseff, durante a campanha, declarou que não vetaria se o projeto fosse aprovado”, comenta Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc). O deputado federal Doutor Rosinha (PT) revelou que existe dificuldade em levar os projetos para votação. “É preciso ter 30 horas com salário digno. Também não adianta ter dois empregos. A qualidade do serviço cairia e continuaria afetando a saúde do trabalhador”, avalia.

A jornada de trabalho para os profissionais em estabelecimentos particulares em Curitiba é de 36 horas por semana. Recentemente a prefeitura implantou a jornada de 30 horas para enfermeiros, auxiliares e técnicos em enfermagem.

Já os servidores estaduais lutam para reduzir a carga horária das atuais 40 horas para 30 horas semanais. O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Estado do Paraná (Sindsaúde) fará uma mobilização no dia 30 de maio e ameaça greve caso não o Estado não apresente solução até o final de junho.