Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) fizeram uma assembléia ontem para discutir a proposta de início de greve no dia 27 de julho, apresentada pela Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

Mas os docentes, que já aprovaram o indicativo, preferiram deixar para decidir a data da paralisação depois do retorno às aulas. Dos 63 sindicatos de docentes do ensino superior, 22 já votaram pelo indicativo de greve e podem deflagrar uma paralisação no dia 27.

Eles querem reposição salarial de 124%, o que corresponde a 10 anos de defasagem. Eles exigem pelo menos 50% em caráter emergencial, e o restante em parcelas. Além disso, querem incorporar as gratificações ao salário da categoria. Assim, os professores que se aposentam continuam ganhando o benefício.

Durante a assembléia, os professores também não aceitaram a última tabela apresentada pelo governo, que previa gratificações diferenciadas conforme a titulação, num montante de R$ 231 milhões. Eles querem R$ 430 milhões. Ontem a comissão nacional de negociação esteve reunida com o Ministério do Planejamento, e o governo subiu o valor, oferecendo R$ 372 milhões. No próximo sábado a categoria se reúne em Brasília para discutir a proposta.

Paridade

Na assembléia os professores decidiram ainda que vão exigir paridade nas negociações entre os da ativa e os aposentados. Outra reivindicação da categoria é um concurso público para preencher as oito mil vagas existentes em todo o País.

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