Professores estaduais fazem vigília para protestar

Professores das escolas estaduais do Paraná iniciaram uma vigília, ontem, em frente ao Palácio das Araucárias, em Curitiba, para protestar contra várias reivindicações ainda não atendidas pelo governo do Estado.

Entre os principais problemas apontados pela categoria estão a falta de professores e o não pagamento de profissionais temporários, das promoções e progressões. A vigília deve ser encerrada hoje, às 8h. A categoria deve fazer uma paralisação no próximo dia 13, caso o governo do Estado não atenda às reivindicações.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, cerca de 1,3 mil professores temporários não recebem há pelo menos um mês e meio.

Em relação às progressões, Marlei diz que o problema é ainda maior: são 21 mil professores e mais 15 mil funcionários que tinham o direito ao benefício em outubro e até agora o governo não o implantou.

A presidente do APP disse que há vários casos diferentes, mas que há funcionários com atrasos de um ano no benefício. “Não há motivos para não pagar”, afirma. A APP não tem levantamentos sobre a quantidade de professores que faltam no Estado.

Segundo Marlei, somente com estas dívidas o governo deve pelo menos R$ 50 milhões aos professores do Paraná. Ontem os professores foram à Seed, onde entregaram as reivindicações.

Eles também se dirigiram ao Ministério Público Estadual (MP), onde foi aberto um procedimento administrativo para que o caso seja apurado. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seed).

Sobre a questão dos pagamentos, a Seed informou que o problema foi encaminhado à Secretaria Estadual de Administração e Providência (Seap), onde será resolvido.

Já em relação à falta de professores, a Seed não deu resposta. Os profissionais que estiverem em vigília pretendem participar hoje de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná.