Em assembleia realizada na manhã de sábado, após mais de quatro horas de discussões, os professores da rede pública estadual decidiram entrar em greve no dia 13 de março. Ou seja, um mês após o início do ano letivo, marcado para 14 de fevereiro. O objetivo da paralisação é pressionar o governo a atender a pauta de reivindicações da categoria, em especial a implementação dos 33% de hora-atividade e a alteração no plano de carreira, que deveria ter sido encaminhado à Assembleia Legislativa ainda este ano.
Antes de deflagrar a greve, os professores farão uma série de protestos e cobranças ao governador Beto Richa (PSDB) e discutirão condições do setor. “Vamos fazer vários atos públicos, fazer recepção ao governador nas inaugurações e atividades que ele estiver presente. Será uma série de atividades para construção de uma greve forte e em todo o Estado”, explica Luiz Carlos Paixão, secretário de imprensa da APP-Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná.
Uma das reclamações dos professores foi o retrocesso nas negociações. A hora-atividade foi reduzida para 25%. E apenas servidores com mais de 16 anos de atividade teriam o percentual pedido pela categoria. “O trabalho do professor independe se ele é mais novo ou mais velho. Todos têm a mesma dedicação e trabalho. Isso descaracteriza o conceito de hora-atividade”, reclama Paixão.
A categoria volta a se reunir no dia 9 de março para discutir a greve, mas a única possibilidade de cancelar a paralisação é se o governo atender as reivindicações. Caso contrário, as aulas serão suspensas por tempo indeterminado. “Estamos abertos a receber nova proposta, mas não é porque eles entraram em negociação que vamos suspender o processo de organização da greve. Queremos solução concreta”, finaliza Paixão.ara ser aprovada ainda este ano.