Paralisação

Professores da UFPR e UTFPR vão entrar em greve

Nem a medida provisória que prevê reajuste para os docentes das universidades federais, publicada ontem no Diário Oficial da União, reteve a decisão de greve dos professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). As paralisações foram aprovadas após assembleias realizadas na tarde de ontem, em Curitiba.

As greves nas duas instituições começam nesta quinta-feira e acompanham o indicativo nacional do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), aprovado no sábado. Para a Ifes, a paralisação é uma resposta à intransigência do Ministério da Educação (MEC), que não cumpriu os acordos de reajuste salarial e reestruturação da carreira docente firmados no ano passado.

A diretora de imprensa da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR), Melissa Rodrigues de Almeida, diz que a promessa do governo era ter feito a reestruturação da carreira até 31 de março desse ano. Além disso, a MP foi considerada atrasada e insuficiente. “Ela já não dá mais conta da principal reivindicação dos professores, que é a reestruturação da carreira docente”, comenta. Com o mesmo argumento, o diretor de comunicação do Sindicato dos Docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (SINDUTF-PR), Nilo Fortes Trevisan, justificou a greve na instituição. “A gente sabe como começa, mas não sabe como termina”, aponta.

Já o professor Nilton Brandão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica Técnica e Tecnológicas do Paraná (Sindiedutec), que representa os servidores do Instituto Federal do Paraná (IFPR), considera incoerente a greve. “Cada sindicato tem liberdade de entendimento, mas nós tínhamos um prazo de negociação até 31 de maio, conforme acertado com o governo”, conta.

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