Professores da UFPR e UTFPR devem manter greve

Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) devem decidir hoje pela manutenção da greve na instituição, que já dura 75 dias. Em assembleia marcada para as 14h, no Centro Politécnico, eles vão avaliar a proposta apresentada pelo governo federal, que não agrada ao sindicato da categoria.

A greve deve continuar também na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), seguindo a tendência do movimento nacional do professores das instituições federais de ensino superior. Os docentes da instituição também se reúnem às 14h para avaliar a proposta do governo, que já foi rejeitada em 12 universidades em todo o País, seguindo a orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

O governo oferece reajuste salarial entre 25% e 40%, dividido ao longo dos próximos três anos, a partir de março de 2013. Segundo cálculos do Ministério do Planejamento, o aumento terá um impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento da União.

Duas propostas do governo já foram rejeitadas pelos grevistas. “A maioria dos docentes continua acumulando perdas salariais. A proposta não compensa as perdas inflacionárias até 2015”, avalia o secretário-geral da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR), Rogério Miranda Gomes. A reestruturação da carreira proposta pelo governo também é diferente da reivindicada pelos professores. “A proposta continua criando obstáculos para progressão e não contempla um ponto fundamental da nossa pauta, que é a melhoria nas condições de trabalho, com mais investimentos”, diz Gomes.

Sem acordo

Com o impasse, não há perspectiva para o fim da greve, que atinge 57 das 59 universidades federais do Brasil. O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, afirmou na semana passada que o governo não fará uma nova oferta. Enquanto isso, a Andes-SN recomenda a “rejeição da proposta, manutenção, intensificação e radicalização da greve”.

No Paraná, as universidades federais estão paradas desde o dia 17 de maio. Além dos professores, os técnicos administrativos e os estudantes aderiram ao movimento grevista. A paralisação já levou à suspensão do calendário acadêmico do primeiro semestre e pode comprometer também o segundo.

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